Sunday, February 18, 2007

mudanças.....

Dear reader,

The blog has moved to

http://gilrang.wordpress.com/

I'll be there waiting for your visit.

Prezados,

Minha pretensão, hoje, é congelar este blog. Àqueles amigos diletos que insistem em tentar ler o que publico aqui, peço que façam a gentileza de alterar suas referências para o meu novo endereço:

http://gilrang.wordpress.com/

Lá estarei esperando por voces com os mesmos loooongos intervalos entre publicações e com a mesma alegria que me dá quando os vejo circular por aqui.

Os motivos que me levaram a essa mudança são ligados, sobretudo, à segurança. Até onde pude constatar, o Blogger não é capaz de oferecer os níveis de segurança necessários para eu continuar publicando. Os exemplos estão aí e voces já conhecem. No Wordpress.com eu acredito que possa diminuir problemas como clonagem e spam, mas ainda não estou certo disso.

Agradeço a todos o prestígio imerecido que voces me dão.

Aguardo-os na nova casa.

Sunday, February 11, 2007

rudy meets some fences...

(Giuliani em campanha, Times, Feb. 8th, 2007)


Sem querer competir com outros blogs melhor capacitados para dar uma opinião mais balizada sobre a campanha eleitoral 2008 nos Estados Unidos, faço alguns comentários sobre o candidato que considero o mais competente político da atualidade para pleitear o cargo máximo nos Estados Unidos da América: Rudolph William Louis Rudy Giuliani (RP, NY). Aqui, observo que ele deve enfrentar alguns percalços no seu caminho até a Casa Branca.

Tres casamentos e posições políticas contrárias àquelas do eleitorado tradicional da direita americana podem por a perder uma carreira brilhante para este promotor que, como prefeito, conduziu a cidade de New York do caos social à normalidade e enfrentou, com o 11 de Setembro, o pior pesadelo que um político poderia ter em sua vida (a Rainha Elizabeth II condecorou-o com a ordem de cavaleiro pela sua atuação). Em todas essas etapas, porém, Giuliani teve um excelente desempenho e, não fossem essas contradições entre as suas posições e as do eleitorado conservador americano, Rudy poderia sentar e esperar a consagração. A revista Time, de 8 de Fevereiro último, aponta algumas dessas contradições, as quais eu resumo abaixo.

. Controle de armas
Foi com ele que Rudy recuperou New York para seus habitantes. E Rudy foi um pouco mais longe: apoiou campanhas para aprovar leis em que os fabricantes de armas seriam considerados responsáveis pela morte causada pelas armas que eles fabricam. A direita americana, em termos gerais, é contra esse controle e a poderosa National Shooting Sports Foundation já se posicionou contrária a ele, pelo menos para efeito nas eleições primárias do Partido Republicano.

. Aborto
Rudy é favorável ao aborto, o que vai contra o conservadorismo da direita religiosa (infelizmente, política e religião continuam se misturando, mas, lá, ninguém pode culpar os eleitores de violarem seus princípios morais por uns trocados, como acontece em outros paraísos). Esta já declarou que Rudy é inaceitável por sua posição pró-aborto.

. Direitos de homossexuais
Quando se separou da segunda esposa, Rudy, ainda prefeito, foi viver no apartamento de amigos gays, o que espantou boa parte de seus eleitores conservadores. Seu apoio aos direitos de gays tem lhe proporcionado algumas dores de cabeça e podem afetar seu desempenho com eleitores do country side.

Giuliani tem se mostrado um pouco ambíguo em suas posições, o que é letal para políticos em terras onde o povo pensa antes de votar e vota de acordo com as suas convicções, não com os interesses do político. E os eleitores se perguntam: quão conservador é Giuliani? Com um passado que lhe garante um lugar no Partido Republicano, pelas reduções de impostos e, principalmente pela sua coragem e determinação durante os duros dias de Setembro de 2002, suas chance podem se reduzir à medida que os republicanos vão conhecendo melhor as suas tendências sociais. No entanto, uma vez passadas as primárias, a julgar pelo candidatos democratas que surgem, suas chances podem melhorar. Giuliani nunca deixou de ser polêmico e sempre soube tirar vantagem de seus pontos fracos quando concorreu. por tres vezes, à Prefeitura de New York.

Sunday, February 04, 2007

down the yellow brick road...

the lonesome duck

..."What's that swimmin' towards us, Trot?" he added, looking over the Magic Flower and across the water.

The girl looked, too, and then she replied.

"It's a bird of some sort. It's like a duck, only I never saw a duck have so many colors."

The bird swam swiftly and gracefully toward the Magic Isle, and as it drew nearer its gorgeously colored plumage astonished them. The feathers were of many hues of glistening greens and blues and purples, and it had a yellow head with a red plume, and pink, white and violet in its tail. When it reached the Isle, it came ashore and approached them, waddling slowly and turning its head first to one side and then to the other, so as to see the girl and the sailor better.

.......

"You'll grow small," said the Bird. "You'll keep growing smaller every day, until bye and bye there'll be nothing left of you. That's the usual way, on this Magic Isle."

"How do you know about it, and who are you, anyhow?" asked Cap'n Bill.

"I'm the Lonesome Duck," replied the bird. "I suppose you've heard of me?"

"No," said Trot, "I can't say I have. What makes you lonesome?"

"Why, I haven't any family or any relations," returned the Duck.

"Haven't you any friends?"

"Not a friend. And I've nothing to do. I've lived a long time, and I've got to live forever, because I belong in the Land of Oz, where no living thing dies. Think of existing year after year, with no friends, no family, and nothing to do! Can you wonder I'm lonesome?"

...

"I can't make friends because everyone I meet--bird, beast, or person--is disagreeable to me. In a few minutes I shall be unable to bear your society longer, and then I'll go away and leave you," said the Lonesome Duck.

....

"You must be a Magician Duck," remarked Cap'n Bill.

"Why so?"

"Well, ordinary ducks don't have diamond palaces an' magic food, like you do."

"True; and that's another reason why I'm lonesome. You must remember I'm the only Duck in the Land of Oz, and I'm not like any other duck in the outside world."

"Seems to me you LIKE bein' lonesome," observed Cap'n Bill.

"I can't say I like it, exactly," replied the Duck, "but since it seems to be my fate, I'm rather proud of it."
...

(from The Wizard of Oz, by L.F.Baum)

Friday, February 02, 2007

anne bronte - for restless minds...

Vanitas Vanitatum, Omnia Vanitas

In all we do, and hear, and see,
Is restless Toil and Vanity.
While yet the rolling earth abides,
Men come and go like ocean tides;

And ere one generation dies,
Another in its place shall rise;
THAT, sinking soon into the grave,
Others succeed, like wave on wave;

And as they rise, they pass away.
The sun arises every day,
And hastening onward to the West,
He nightly sinks, but not to rest:

Returning to the eastern skies,
Again to light us, he must rise.
And still the restless wind comes forth,
Now blowing keenly from the North;

Now from the South, the East, the West,
For ever changing, ne'er at rest.
The fountains, gushing from the hills,
Supply the ever-running rills;

The thirsty rivers drink their store,
And bear it rolling to the shore,
But still the ocean craves for more.
'Tis endless labour everywhere!
Sound cannot satisfy the ear,

Light cannot fill the craving eye,
Nor riches half our wants supply,
Pleasure but doubles future pain,
And joy brings sorrow in her train;

Laughter is mad, and reckless mirth--
What does she in this weary earth?
Should Wealth, or Fame, our Life employ,
Death comes, our labour to destroy;

To snatch the untasted cup away,
For which we toiled so many a day.
What, then, remains for wretched man?
To use life's comforts while he can,

Enjoy the blessings Heaven bestows,
Assist his friends, forgive his foes;
Trust God, and keep His statutes still,
Upright and firm, through good and ill;

Thankful for all that God has given,
Fixing his firmest hopes on Heaven;
Knowing that earthly joys decay,
But hoping through the darkest day.

luto

Esse blog se declara de luto pela morte da decência na vida nacional.

Thursday, February 01, 2007

nem aldo, nem arlindo...

Essa campanha precipitou uma série de de acontecimentos, alguns muito bons, outros nem tanto... E amanhã é o grande dia, quando veremos para onde caminhamos...



Monday, January 29, 2007

a sonnet to integrate derivatives...

A timeless response:

If these humble and crooked lines present
all thy regards, woes and sorrow,
in them we must feel the scent
of the poets of tomorrow...

To rhyme is all but gift,
to engender words ain't prize,
words that're meaningfullessly adrift
without an aim, or unwise...

But, lo, thou shall be
the poet of a new breed,
with numbers as thy seed.

The swaps, thou shall see,
will be thy perfect rhymes,
for Wall St., a million times...

Tuesday, January 23, 2007

o re-pac...

Transcrito do ex-Blog do César Maia (23/Jan/2007):

PAC -PLANO DE ACELERAÇÃO ECONÔMICA???PAC? -de verdade, é o PCA!!

1. Fica difícil na historia econômica dos planos econômicos, incluindo o famoso pacote 51 de dezembro de 1997, encontrar alguma coisa tão pífia para o crescimento econômico quanto esse PAC.

2. É melhor inverter as letras e chamá-lo de PCA -ou Plano do Conselheiro Acácio -aquele que só falava obviedades. Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa!

3. O presidente quer um plano! -Estamos aqui com nosso grupo de economistas para fazer um. Um exercício de trás para frente. De quanto é o PIB brasileiro? Ah... 1,8 trilhão de reais. Qual o patamar de investimentos dos últimos anos? Ah... 20% do PIB. Ou seja, 360 bilhões de reais por ano. Quanto em 4 anos? Ah... 1 trilhão e 440 bilhões de reais. Quanto o setor público investe destes 20%? Ah... uns 35%. Então apliquem estes 35% sobre os 1,44 trilhão. Quanto dá? Ah... 504 bilhões de reais. Oi turma! Então agora vamos ver quanto a Petrobrás investe, a Eletrobrás, os Governos, etc... etc... e vamos fazer uma tabelinha para chegar a estes 504 bilhões de reais. Ah...e não esqueçam de colocar uma virgula para parecer que fizemos cálculos para valer. Pronto! Prontinho! Um PAC!

4. Ah... e precisamos de umas medidas de redução de impostos! -Que tal de uns setores que ainda não existem? Ah... boa idéia! Por exemplo a TV Digital e os semicondutores. PAC neles.

5. -Tenho uma idéia aqui. Anunciar entre as medidas aquelas que já foram aprovadas. -Quais, por exemplo?! -Ah... a lei de saneamento, a da abertura do resseguro e a re-criação da Sudene e Sudam. Boa! PAC nelas.

6. Tem mais gente! _Lei das micro-empresas, aumento da tabela do IR, e as prorrogações da depreciação acelerada e do PIS e Confins na Construção Civil. Boa! Essa gente não lê jornal! PAC em todas elas.

7. Que tal apresentar medida que já estava prevista desde 2005. -Qual? -O aumento dos recursos da CEF para saneamento. - Boa. E ainda ficamos bem com os governadores que vão ficar na fila do gargarejo olhando o Lula. -Quero ver as caras do Aécio e Serra que querem ser presidentes. -PAC, nelas... e neles.

8. -Dê uma olhadinha em projetos de lei já tramitando no congresso e jogamos tudo no balaio, desculpe, no PAC. -IH... tem três aqui: do gás, das agencias reguladoras e da defesa da concorrência. -Genial! PAC nelas.

9. Gente! E os juros? -Ora, ora. A TJLP que já ia cair com essa inflaçãozinha! Antes que o Meireles anuncie. -PAC nela!

10. E o setor agropecuário? E o câmbio? -Cala a boca, tecnocrata! Essa gente votou contra o Lula! Então manda esta gente paca...! Xiii...o presidente está vindo! Embrulha em papel celofane, e PAC nele! O homem vai gostar. (Fecha o pano).

lost & found 2 (cinderella's)

Dune Alligator Halter
US$2200.00
As seen in Neiman Marcus catalog...

Sunday, January 21, 2007

lost & found


Wordlessly...........

Thursday, January 18, 2007

nota social...


fantasma nos aeroportos...

Na última terça-feira, nos aeroportos de BH, Rio e SP, uma onda de pânico se espalhou em virude de uma figura importante que por lá passava. Dela só ficou o fantasma, cuja foto está aí ao lado... Quem viu diz que deixou saudades...

Wednesday, January 17, 2007

ten happy bloggers...




The last one, I promise:





Binary nursery rhymes for bloggers....


1010 (ten) happy bloggers just blogging fine,
one got a bug, then they were 1001 (nine)...

1001 (nine) happy bloggers typing till late,
one got asleep, then they were 0100 (eight)....

0100 (eight) happy bloggers drifting thru up eleven
one lost his hard disk, then they were 0111 (seven)...

0111 (seven) happy bloggers exchanging some tricks,
one got caught, then they were 0110 (six)...

0110 (six) happy bloggers in blogsphere to survive,
one went to work, then they were 0101 (five)...

0101 (five) happy bloggers, like never before,
one missed the link, then they were 0100 (four)...

0100 (four) happy bloggers, as happy as could be,
one got sad, then they were 0011 (three)....

0011 (three) happy bloggers posting anew,
one saved none, then they were 0010 (two)...

0010 (two) happy bloggers, their posts undone,
one had no comment, then they were 0001 (one)...

0001 (one) happy blogger just typing alone,
the power went off, then they were 0000 (none)...

.....

gilrang's Mother Goose for Bloggers and Hackers..

Monday, January 15, 2007

up and running!....

Passada a segunda bóia, voltamos a proa de volta para a primeira....

Os ventos ainda são de proa, mas devem mudar... Um grande número de golfinhos vem acompanhando o barco... Eles mostram que, mesmo não chegando em primeiro, a tripulação tem muito a comemorar, pois nem todos os dias vemos tantos golfinhos juntos de uma vez... Na última contagem, já eram mais de setenta!....

this little pig....


This little pig went to market....

This little pig stayed at home.....

This little pig had roast beef....

This little pig had none.....

And this little pig cried
(wee-wee-wee) (a collaboration of patricia m.)

all the way home....

Friday, January 12, 2007

rumo à segunda bóia...

Logo após passar a primeira bóia, pegamos vento de proa, o que tem retardado sobremaneira o prosseguimento da embarcação. Mesmo Mme. AlKimistas do Brasil deixou de acreditar que chegaremos ao fim da regata.

Em meio à balbúrdia, SoniaSSRJ avistou um vento de popa que pode dar algum ímpeto à jornada. Alguns tripulantes, mesmo aqueles menos aguerridos a essa regata específica, já acreditam que o vento de popa dará nova vida ao barco, mas que se terá que esperar até a próxima regata.

O barco singra as águas (que ainda estão para almirante...). Algum homem ao mar?

Thursday, January 11, 2007

contornando a primeira bóia....

O Alchemy contornando a primeira bóia.

Como vemos acima, contornamos a primeira bóia... Ainda não estamos à frente, mas corremos entre os primeiros. Não visível do ponto de tomada da foto, Mme. AlKimistas do Brasil está no comando do barco... À estibordo da proa, vêem-se Sonia SSRJ (com um chapéu branco para não lhe afetar a cútis - ALÔ AURÉLIO!!! VAMOS MUDAR ESSE VERBETE!!!), André Wernner (0 de boné azul) e, a bombordo, este que vos fala (escreve), de costas e de camisa branca. O mar, voces são testemunhas, está para almirante...

Wednesday, January 10, 2007

velame aberto a barlavento.... orçando a estibordo...

A campanha da Mme. AlKimistas do Brasil está a todo pano... Continuamos blogando no rumo certo... Daqui do convés, desviamos da retranca e alçamos as velas para a primeira perna... Pequenas ondulações no mar e uma brisa suave de través....

carta aos parlamentares de bem...

Enviei a carta abaixo aos parlamentares da dita Oposição para que eles adiram à candidatura de um nome que possa assumir e saldar os compromissos estabelecidos pelo grupo dissidente encabeçado pelos deputados Fernando Gabeira e Raul Jungmann. Aí vai ela, como registro e como parte da minha adesão à blogagem coletiva "Nem Arlindo, Nem Aldo", ou "LEGISLATIVO FORTE É INDEPENDENTE, NÃO AUSENTE, NEM LENIENTE!" Ela pode ser usada por qualquer um dos blogueiros que quiser participar... tax free!

Prezado(a) Parlamentar,

Neste momento em que o Poder Executivo, o qual se arvora a Poder Moderador e, assim, repete o erro histórico que se viu no Império, lança seus tentáculos sobre os outros dois Poderes da República, precisamos combatê-lo para que sejam garantidas a legalidade e a legitimidade imprescindíveis nos atos daqueles que conquistaram o voto do eleitor.

Hoje, as duas candidaturas que há muito se apresentam para a Presidência da Câmara dos Deputados possuem, ambas, o apoio daqueles que desejam solapar a Constituição fingindo-se dela protetores.

Em nome do direito constitucional de independência entre os Poderes que regem a República, solicito que V.Sa. envide todos os esforços para apoiar e votar a favor de uma candidatura alternativa para a Presidência da Câmara dos Deputados. Fazendo-o, V.Sa. terá o respaldo de mais de 40 milhões de brasileiros que, nas últimas eleições, se manifestaram contrários às políticas intervencionistas da atual Administração Federal e que, com toda certeza, se manifestarão igualmente contrários no próximo pleito.

Vou repetir o envio para os deputados todos os dias, até a véspera do pleito. Para enviar a mensagem, usei o programa que a Mme. AlKimistas do Brasil nos recomendou - Galera. Funciona perfeitamente, para quem ainda tem espaço livre em disco.

Monday, January 08, 2007

notícias da terceira via...

Para aqueles que acreditam que a terceira via ainda é uma saída viável para o imbroglio da Presidência da Câmara dos Deputados, o Diário do Comércio, de 09/Jan/2007 informa:

Deputados unidos contra a "patifaria"
Sergio Kapustan/ Agências

Conclusão dos parlamentares em busca de uma terceira via: o candidato à presidência da Câmara tem que ter imagem limpa.Insatisfeitos com a possibilidade de reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e a candidatura de Arlindo Chignalia (PT-SP) à presidência da Câmara, um grupo de 16 deputados federais formado por diferentes correntes ideológicas – do PSol ao PSDB – iniciou ontem, em São Paulo, a articulação de uma terceira via. A iniciativa envolve contatos com governadores, direções partidárias e a pressão da opinião pública para recuperar a imagem do Legislativo.

De acordo com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o grupo defende um candidato "cara limpa', que seja capaz de dar "um choque republicano" e que não tenha participado de qualquer "patifaria". "As duas candidaturas, como está claro aí, representam uma intervenção do Executivo. De modo geral, o Executivo tem levado o Legislativo a uma situação de imobilismo, servidão e vassalagem", disse Jungmann.

O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que descartou ser candidato, também atacou os nomes já lançados. Segundo ele, Aldo e Chignalia estão descartados, pois apoiaram no final do ano passado o aumento de 91% para os parlamentares e têm o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que inclui a promessa de um cargo ao candidato que perder. "Eles não são candidatos que nasceram dentro da Câmara. Precisamos ter um candidato que represente a reconciliação do Congresso com a sociedade", defendeu.
Para oficializar a posição, os deputados descontentes divulgaram um manifesto em defesa da autonomia da Câmara. Eles admitem apoiar nomes do PT e PMDB, as duas maiores bancadas no Legislativo, desde que os requisitos contidos no manifesto sejam cumpridos.
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou que não importa o nome, mas sim o compromisso "com o programa que aponte para resgatar a credibilidade, a imagem e a democracia da Câmara".

Hoje a bancada peemedebista se reúne em Brasília para tomar uma posição. Os deputados Raul Jungmann e Luiza Erundina (PSB-SP) vão se reunir com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).

Há setores do partido que defendem um nome do PMDB, por ter eleito a maior bancada, com 93 deputados.

Dois peemedebistas agradam o grupo: o próprio Temer e Osmar Serraglio (PR), relator da CPI dos Correios. Outro nome citado é do PT: José Eduardo Cardozo (SP), que já presidiu a Câmara de São Paulo.

Sunday, January 07, 2007

ruminações em alta madrugada...

Pela terceira via na Câmara dos Deputados

As premissas
A nossa Primeira Constituição, de 1824, foi escrita a mando do Imperador D.Pedro I, depois que ele determinou a prisão e o exílio de deputados da Assembléia Constituinte. Nela ficou estabelecido que o Governo brasileiro seria exercido por quatro poderes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Moderador. Os três primeiros eram semelhantes aos atuais, enquanto o quarto poder, que deveria dar equilíbrio aos demais, era exercido exclusivamente pelo Imperador, assessorado por um Conselho de Estado. O poder discricionário do Imperador atuou muitas vezes para destituir ministros e moldar decisões no Legislativo e no Judiciário, de modo a que a vontade do Imperador prevalecesse, mas sempre de forma ilimitada. Ao invés de dar equilíbrio ao sistema de governo, como era a intenção inicial, o Poder Moderador acabava atuando em sentido oposto.

Com a República, uma nova Constituição, promulgada em 1891, manteve os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, declarando-os independentes entre si, e eliminou o Poder Moderador. Ficava assim, restabelecido o almejado equilíbrio que a criação do Poder Moderador almejara, mas que não foi capaz de assegurar. Os outros três poderes não mais se curvavam às vontades e diatribes de uma só pessoa.

A nossa atual Constituição Federal, promulgada em 1988, determina, em seu Art. 2º, que são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Ela tem, também, inserida em seu texto, cláusulas pétreas, isto é, cláusulas básicas fundamentais e inalteráveis por emenda constitucional, que são: (i) a forma federativa do Estado; (ii) o voto direto, secreto e universal; (iii) a separação dos Poderes constituídos; e (iv) os direitos e garantias individuais.

A prática dos Poderes
Desde que foi promulgada, em 1988, a Constituição Federal sofreu diversas alterações pela aprovação de emendas, as quais são previstas no seu texto. Até hoje, por impedimento expresso no Art. 60, nenhuma dessas emendas atingiu as quatro cláusulas pétreas. Hoje, no entanto, vemos uma dessas cláusulas - a separação dos Poderes - ameaçada de se tornar letra morta, em função de ações empreendidas por iniciativa do Poder Executivo, o qual ambiciona tornar-se um novo Poder Moderador.

Não é vedado, pela Constituição, que os Poderes negociem entre si e cheguem a acordos que não violem a sua independência e nem quebrem a harmonia do conjunto. Porém, o que se tem visto, nos quatro últimos anos, é uma interferência direta do Poder Executivo nos trâmites e processos internos do Poder Legislativo e, por vezes, até, no Poder Judiciário, não obstante a luta ferrenha que travam alguns dos integrantes desses dois poderes contra tal interferência. As negociações ocorrem abertamente e são por todos acompanhadas, seja em jornais, revistas, no rádio e na televisão. Ou elas se dão camufladamente, em reuniões palacianas, ou, ainda, em locais de reputação duvidosa, onde, algumas vezes são testemunhadas apenas por caseiros e motoristas.

A prática democrática
O exercício da democracia implica na obediência às leis que não cerceiam liberdades, antes impõem limites para garantir essa liberdade. Alguns homens que se querem públicos, mas que agem por interesses privados, não entendem que a vida é difícil sob o regime da lei. A vontade pessoal não pode prevalecer, como prevaleceu no Poder Moderador. E, então, vendo frustrados os seus objetivos, lançam mão de outros meios para alcançá-los. Para eles, violar as leis é justificável, desde que seja para o benefício próprio, ou de um ente a quem eles consideram estar acima da Lei. E, quando lhes interessa, tentam respaldar seus atos usando as mesmas leis que eles violam. Este tipo de atitude revela somente que esses homens não estão imbuídos de espírito público e não devem dirigir um Estado democrático.

A solução
A recente campanha eleitoral demonstrou uma profunda clivagem na sociedade. Não no aspecto social, mas, sobretudo, no aspecto moral. De um lado, os que apoiaram as práticas condenáveis de membros da Administração, desde que fossem também favorecidos. Essas práticas primavam pela desobediência sistemática aos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Do outro lado, aqueles que, contra a sua vontade, com o suor de seu trabalho e com o sacrifício do seu bem-estar acabam financiando a reversão do uso da lei. Quarenta milhões de brasileiros estavam nesta segunda categoria.

Quarenta milhões de pessoas significam 80% da população da França, uma Argentina inteira, oito Uruguais, duas Venezuelas, dois terços do número de pessoas que elegeu George Bush. Foram quarenta milhões de pessoas que aspiraram por mudanças na Administração e na condução do País.

Hoje, vemo-nos diante de mais uma interferência do pretenso Poder Moderador no processo decisório que levará à escolha dos presidentes da Câmara e do Senado. Nós, os quarenta milhões de brasileiros que votaram contra essa interferência, não podemos deixar que, agora, a nossa vontade seja novamente violada. Elegemos uma oposição para manter a vigília sobre as ações da Administração Federal e dela devemos cobrar coerência e, no mínimo, que zele pela preservação da Constituição. Procuremos os nossos representantes para lhes dizer que não apoiamos as negociações espúrias que estão sendo levadas a efeito na Câmara e no Senado. Qualquer candidatura que represente a mais tênue ligação com a Administração Federal, ou com o passado recente de impunidades, deve ser preterida em favor de uma candidatura alternativa que, uma vez eleita, realize o árduo trabalho de preservar os interesses maiores da Nação, ao invés de garantir a ilegalidade, a desfaçatez e a mentira como medidas legítimas de poder.

caro eleitor!....

Contribuindo com a campanha de Mme. AlKimistas do Brasil, aqui vai uma chamada ao incauto eleitor e aos brios da moçada na Câmara e no Senado.

Caro Eleitor,

Somos quarenta milhões de brasileiros que desejam um Brasil diferente daquilo que se tem visto nos últimos quatro anos.

Queremos um Brasil presidido pela ordem e não pelo compadrio. Um Brasil de oportunidades para todos e não apenas para quem tem preferências políticas alinhadas com as idéias e ideais do partido que hoje ocupa o Executivo.

Manifestemos o nosso desejo por meio do contato direto com os nossos representantes na Câmara e no Senado Federal. Enviemos a cada parlamentar que nós elegemos, principalmente os que foram eleitos para fazer oposição à atual Administração Federal, a seguinte mensagem:

"Prezado Parlamentar,

Somos partidários da candidatura alternativa para a Presidência da Câmara dos Deputados.

Ass.: seu Eleitor
."

Dessa forma, poderemos dar o necessário respaldo àqueles que querem nos ouvir e, aos que ainda não nos ouviram, enviar um recado para as próximas eleições.

Tentei diversas vezes, no dia de hoje, pegar os endereços dos deputados e senadores para anexar aqui, mas os sites da Câmara e do Senado estavam fora do ar. Quem puder me enviá-los, eu agradeço.

Saturday, January 06, 2007

antes tarde....

Um pouco tardiamente, mas ainda válida, a reportagem abaixo foi publicada em 05/Jan/2007, Sexta-feira, no Diário do Comércio (SP). Ela reforça a idéia de que se deve, sim, cerrar fileiras pela candidatura alternativa na Câmara do Deputados.


Jungmann fala em conspiração do "lado negro da força"

Raul Jungmann (PPS-PE).Um dos integrantes do grupo que pretende lançar uma candidatura alternativa à Presidência da Câmara, o deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS, rebateu a afirmação do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de que uma nova candidatura poderia desestabilizar a Câmara e não teria voto. Segundo Jungmann, Chinaglia e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tenta a reeleição, têm sérios motivos para se preocupar com o movimento.


" Chinaglia deveria primeiro olhar ao seu redor. Há um enorme desconforto do presidente Lula e do ministro Tarso Genro com a candidatura dele, que traz de volta figuras como José Dirceu, João Paulo Cunha, Severino Cavalcanti, Marta Suplicy e as quadrilhas do mensalão e dos sanguessugas, tudo o que queremos sepultar", disse Jungmann.
Provocando o petista, o vice-líder do PPS disse que a candidatura de Chinaglia representa "o lado negro da força", numa referência direta ao vilão Darth Vader do filme "Guerra nas Estrelas".


"Com Chinaglia não há nenhuma possibilidade do fim da subserviência e da vassalagem (na relação com o Planalto). Mesmo que pessoalmente ele seja uma pessoa correta, está articulado com o lado negro da força", disse.

Com relação a Aldo, Jungmann disse que ele representa a continuidade, o histórico de corrupção e privilégios, como a tentativa de aumento escandaloso do salário dos parlamentares.
"A candidatura alternativa é a única chance que temos de romper de uma vez por todas com a pior legislatura da História do Brasil", disse Jungmann. (AOG)

Friday, January 05, 2007

deu no william waack...


Da coluna do William Waack de 05/Jan/2007

Brasil precisa assumir liderança ativa da América Latina

Deixa o homem descansar depois de tanto discursar pedindo mais ousadia, coragem, pressa e criatividade aos integrantes de seu governo. A política externa brasileira vai precisar mesmo de tudo isso em 2007.

Coragem, por exemplo, para chamar pelo nome o que merece ser chamado pelo nome: o governo do Sudão é o responsável por uma brutal limpeza étnica em Darfour, mas o Brasil acha que não é vantajoso acusá-lo de violação de direitos humanos. Está preocupado em se aproximar de países da África.

Pressa, por exemplo, para frear a desagregação interna do Mercosul promovida pelo "muy amigo" Hugo Chávez. Se o Brasil não acordar logo, o bloco terá perdido o restinho de consistência e capacidade de ação coordenada. Chávez e Morales estão acabando com um projeto que já foi estratégico para Brasil e Argentina.

Ousadia, por exemplo, para enfrentar o tipo de neo-populismo peronista com o qual Nestor Kirchner, presidente da nossa principal vizinha, a Argentina, transforma o Brasil e suas empresas em bode expiatório para seus próprios problemas. Com eleições aproximando-se por lá, é provável que Kirchner se comporte de maneira ainda mais áspera.

Criatividade, por exemplo, para encontrar alguma outra forma de fazer com que o Brasil tenha mais voz nos principais assuntos internacionais. Pelo jeito, só nós acreditamos nas negociações da rodada Doha -enquanto todo mundo busca acordos bilaterais, nós continuamos pregando no deserto, abandonados até pelos nossos supostos "parceiros", como Índia e China.

Lula trata da política externa dos últimos quatro anos com imenso orgulho. É difícil encontrar fatos que justifiquem essa percepção. Os assessores do presidente e os principais dirigentes do Itamaraty reagem amuados às críticas ao "eixo Sul-Sul", à maneira claudicante com que foi contemplada a hostilidade boliviana, ao rolo compressor político desatado por Chávez e à nossa clara insignificância nos principais assuntos internacionais.

Reiteram que a política externa agora é "soberana". Quando não foi? Lula repetiu em seu discurso de posse, no Congresso, o argumento de que o Brasil agora está mais próximo de seu berço, mais próximo da África. Deixando de lado o fato de que temos igualmente um berço importantíssimo na Europa (e no Japão, e no Oriente Médio...), cabe perguntar: e daí?

Os velhos clássicos das relações internacionais trazem ainda muitas lições úteis. A política externa de qualquer país é ditada pela sua posição geográfica, pela força militar, pelo poderio econômico -mas também pela cultura, sistema político, participação em alianças e, não vamos nos esquecer, pela vontade de se projetar.

Nossa posição geográfica, força militar e economia nos deixam distantes dos grandes centros de decisão (mas também dos grandes conflitos). Nossa herança cultural decisiva e nosso sistema político nos colocam dentro daquilo que genericamente se descreve como "mundo cristão ocidental". Isto não significa, reitero, não implica em qualquer alinhamento automático com os países que se dizem líderes do "ocidente".

O que falta, realmente, é uma vontade de projeção internacional que vá mais além da retórica de 30, 40 ou 50 anos atrás. Falta definir e concentrar nossos esforços nos nossos reais interesses: liderar de fato a América do Sul, competir pela conquista de espaços nos principais mercados do mundo (enfrentando Índia e China), mostrar que somos coerentes na defesa de princípios.

Para quem acha que os últimos quatro anos foram um sucesso para a nossa política externa, é hora mesmo de descansar.


William Waack

Thursday, January 04, 2007

em resposta a soniassrj...

Esse post se originou de uma mensagem que seria, na verdade, um comentário ao post "NUNCA ANTES NESSEPAIS", de 03/Jan/07, no blog SoniaSSRJ, mas que, por ter se alongado em demasia - mais do que a boa educação recomendaria, decidi postar aqui para não incomodar eletronicamente as mensagens dos outros amigos da minha amiga SoniaSSRJ. Aqui vai, pois, o dito:

SoniaSSRJ,

Não é só voce que está em estado semi-letárgico em função do clima que nos cerca... Muitos blogueiros, creio, estão de férias e paralisaram suas atividades bloguistas por um período... Aguardemos...

Quanto à sua notícia, explorei-a um pouco mais e cheguei a umas conclusões e outras tantas dúvidas, as quais eu gostaria de repartir com voce e com os nossos amigos que, ou não estão em férias, ou, estando em férias, passam-nas pilotando seus computadores pelas infovias (quando não são incomodadas pelo servidor do Blogger, o qual acaba de cuspir fora o último comentário que eu fiz aqui e que, agora, está perdido em algum lugar do limbo internético)...

A notícia dá conta de que o (por eles denominado) Governo brasileiro assinou um acordo de cooperação técnica com a empresa sul-africana Denel para terminar o desenvolvimento de um míssil, no qual a empresa já aplicou uma considerável soma de recursos. O valor do contrato é de R$300 milhões e terá, a princípio, alguma continuação.

O Brasil tem pessoal técnico capacitado para participar ativamente no desenvolvimento desse tipo de armamento. Não os fabricamos aqui porque a indústria bélica perdeu o seu rumo com o fim dos governos militares e porque, a não ser pontualmente, não existe nível tecnológico para o seu processo produtivo (fabricação e testes). Assim, do ponto de vista tecnológico, o acordo é interessante. Entretanto, em um país onde 12 milhões de bolsas famílias são distribuídas como assistência social, onde índios mal nutridos morrem ao nascer, pessoas idosas aposentadas não conseguem receber os benefícios pelos quais elas pagaram durante toda a sua vida, a saúde é um caos e os hospitais são, em sua maioria, antros onde se esconde o descaso público, o sistema educativo, em todos os níveis, é (para ser otimista) decadente, um acordo dessa natureza é moralmente injustificável.

Essas foram as conclusões. Agora, as dúvidas...

Alguém, no passado, cavou o termo Belíndia para traduzir o que acontecia com o Brasil. Algumas ilhas tão avançadas como a Bélgica cercadas por uma mar de atraso que parecia a Índia. Esse termo está em desuso, até porque é a Índia, e não o Brasil, que está mudando o rumo das comparações. Pois, bem! Sigamos... Com o tempo, surgiram várias dessas ilhas, cada uma com um certo nível de desenvolvimento adequado à sua região. Elas que se acham cada vez mais cercadas por uma miséria social e econômica que beira a indigência africana... Assim, vários níveis de Bélgica e vários níveis de Índia (a de antes, não a de hoje) surgiram e se espalharam pelo País. Enquanto, nas bélgicas, se anda quase que ao ritmo de primeiro mundo, nas indias a coisa toda muda...

Não se pode impedir que as nossas bélgicas sejam tolhidas em seu desenvolvimento pelas nossas índias. Mas, não se pode, com isso, deixar para trás as nossas índias, ou corremos o risco de secessão... Como sair desse impasse? Como fazem outros países em situações semelhantes?

É para apontar caminhos, indicar os rumos, avaliar os prós e os contras, tomar as decisões, estabelecer metas e objetivos que existem os líderes nas nações. Homens desse quilate nós não temos aqui. E é por isso que o Brasil está à deriva! Não temos líderes. O que existe são pessoas interessadas em promoção pessoal, ou na manutenção do status quo (são raras as exceções), pois desfrutam de algum conforto material e dele não abrirão mão. Na falta de homens públicos que norteiem os nossos caminhos para o futuro, o Brasil continuará à deriva, até encalhar solidamente nos rochedos do subdesenvolvimento, ou afundar tristemente no mar das incompetências...

Wednesday, January 03, 2007

um país de muitas igualdades...

Algum de voces já encontrou uma senhora com dois filhos pequenos dirigindo na contra-mão e que, ao ser ingenuamente alertada por alguém que intenciona, apenas, evitar algum acidente, lhe disse impropérios e mandou-o a algum lugar distante? Não?

Algum de voces já parou em um sinal, ou semáforo, como querem os paulistas, vermelho e ouviu uma buzina soando atrás pelo simples fato que voce obedeceu ao direito de quem passava na rua transversal? Não?

Algum de voces já tentou passear com um carrinho de bebê por uma calçada larga e se viu, de repente, sem saída para passar entre o canteiro e o muro de uma casa porque um veículo lá estava estacionado? O motorista estava perto para voce pedir que retirasse o carro? E, se estava, o que ele lhe disse?

Por acaso, alguma vez, ainda que remotamente, algum de voces já foi surpreendido por uma motocicleta de entregas rápidas voando por cima do seu carro em um cruzamento, teve a frente do seu carro completamente acabada pelo choque que ela causou, e voce saiu do carro destruído preocupado com a saúde do motoqueiro, enquanto ele era levado para o hospital, esperou por tres horas para que a perícia chegasse, arranjou testemunha que o dito moto-boy avançara o sinal, a testemunha esperou a perícia com voce, o motoqueiro reapareceu no local do sinistro tendo fugido do hospital e tudo isso ficou em nada? Nada, não!!! Depois disso, voce ainda descobriu que o simpático moto-boy entrou no juizado de pequenas causas acusando-o de ter avançado o sinal vermelho? Não? E, na audiência com o juiz, lhe disseram que o boletim de ocorrência feito pela perícia é assinado por outra pessoa que jamais esteve no local do acidente?

Alguma vez, algum de voces já atravessou a rua na faixa de pedestres, enquanto a sinaleira (evitei o semáforo) lhe dizia que era a sua vez de passar, e teve que correr, ou pular para a frente, ou para trás, evitando, assim, o seu próprio atropelamento? O que disse o cidadão por trás do volante assim que passou por voce?

Será que algum dia, quem sabe?, algum de voces já foi abalroado por um veículo em marcha-à-ré enquanto tentava ligar o seu próprio carro? E, atordoado, ao procurar saber o que estava acontecendo, o cidadão que dirigia o outro veículo se aproximou e lhe perguntou porque voce não buzinou quando ele estava dando marcha-à-ré?

Ou, vejam voces amigos, se uma vez, uma vezinha só, um de voces foi "fechado" por um caminhão, ou um ônibus? Ou por um garotão de 50 anos? Ou uma senhora de 60? Ou, ainda, uma gatinha de 22, ou um aprendiz de intelectual na flor dos seus trintinha?

Se alguma vez, pelo menos uma vez, algo semelhante ao que é relatado acima aconteceu a voce, saiba: voce está no Brasil..... E o único culpado é voce mesmo. Pergunte a qualquer um dos que o abalroou, ou buzinou atrás do seu carro, ou quase o atropelou, avançou o sinal, entrou na contra-mão e ele, ou ela, lhe confirmará o que estou lhe dizendo: o culpado é só voce!...

Brasileiro não erra! Nunca! Apenas atende ao urgente chamado da descontração. Quando ele entra na contra-mão, "é só por uns poucos metros..." Se avança o sinal, ele só o faz porque "olhou e não vinha ninguém, mesmo!..." Se quase atropelou voce, foi porque voce não entendeu que ele piscou os faróis porque "estava com pressa e estava em cima da hora" para chegar ao consultório do médico... "Qualquer um entende isso!". Aliás, "voce não tem nada para fazer, não?" deverá ser a resposta que voce vai ouvir se tentar repreender um cidadão só porque existem regras. "Ora, regras! Regras são feitas para os outros obedecerem!...". "A via preferencial é sempre a que eu trafego...". "Ô, animal! Não viu o meu Audi?". E, ao voltar para o carro deixado na porta da sua garagem por uma boa meia-hora, "foi (sic) só cinco minutinhos! Não precisa falar assim, seu grosso!".

Brasil! Onde a lei é igual para todos (mas, "eu não sou qualquer um, eu sei das coisas! Portanto, a regra não é para mim".) Brasil! País onde as pessoas são iguais perante a lei, com a grande vantagem que algumas são mais iguais que as outras!!!... (essa última parte da frase não é minha, hein!!! Não vão botar a culpa em mim, por favor!!!...)

la galette des rois

La galette des rois avec trois petites fêves et la couronne d'or.
On continue a publié des articles sûr les affairs gastronomiques (et, parfois, enologiques). Cette fois lá c'est la galette des rois... Dirèctement des saturnales romaines, la galette répresent, aujourd'hui, en France, l'âme des Fêtes des Rois (le 6 Janvier)... Une pâte très fine, un gôut lègérement amer et agréablement doux, elle est disputée pour les enfants a cause des ses pétites fèves - un petit cadeau - cachée parmis la créme du gâteau...il-y a, aussi, une couronne (en carton, logiquement) pour celui qui trouve la fève... (cependant, il fâut oublier les calories...)

Tuesday, January 02, 2007

le rosé

Dizem que o Verão já chegou... Com tantas chuvas, temperatura mais que amena, é difícil acreditar que estamos em Janeiro.

Uma das propostas (secretas, pois eu não as declarei) do blog, além da política, da educação, de relatar as agruras da vida, etc., é dedicar, de quando em vez, umas linhas aos bons vinhos... Assunto para o pessoal da D.Zelite.... Gostem, ou não, voces terão que engolí-lo...

Nas últimas semanas, diversas reportagens foram publicadas sobre o vinho rosé. Todas elas são unânimes em afirmar as delícias da bebida, principalmente no nosso Verão. Considerado erradamente por muitos uma bebida feminina, nada no rosé o difere de um vinho branco, exceto a cor, oriunda do breve contato do mosto com a casca da uva logo aprós a sua prensagem. Servido sempre em temperaturas entre 6 e 10 graus Celsius, é muito agradável para almoços leves, acompanhando bem saladas, frutos do mar (ligeiramente fritos), carnes brancas, queijos picantes, frutas frescas e até uma carne vermelha mais macia e também rosada (quase crua) com tempero leve. O rosé também é benvindo por sobremesas de frutas em calda não muito adocicadas. Em função da sua cor, chama a atenção numa taça (sempre branca!!) e pode ser servido sozinho, durante uma recepção, ou uma festa...

Nada melhor para saudar o novo ano!...

Sempre que possível, o blog vai apresentar sugestões de vinhos e sua harmonização com pratos, sobremesas, ou apenas para degustação...

Sunday, December 31, 2006

magias de fim de ano....

Já estamos no último dia de 2006! Um ano que ficará marcado na vida do País como aquele em que perdemos os últimos resquícios de nossa civilização... Pessimismo? Talvez... Mas, mais uma constatação....

Para mim, no entanto, 2006 marcará também o início de algumas amizades novas, amizades por pessoas que não conheço pessoalmente, mas que já têm algum significado para mim. Foram as magias do fim do ano. Se não magias, pelo menos foram mágicos os momentos.

E é por isso que deixo, aqui, os meus sinceros votos de um 2007 repleto de felicidades, a eles e a todos aqueles que ajudaram a tornar mágicos aqueles momentos de aflição e em alegre expectativa os instantes de angústia e preocupação.

Saturday, December 30, 2006

preparativos para a posse(ssão)...

Tenho assistido, no Brasil, a uma degradação paulatina da nossa sociedade. Essa constatação eu a faço desde quando voltei para cá, em 1985, vindo de uma estada de cinco anos em outro país, onde fui buscar novos conhecimentos para, pensava eu ingenuamente, aplicá-los na melhora do País, na tentativa de contribuir para fazê-lo crescer e ser competitivo. Voltei para cá para difundir esses conhecimentos entre outros iguais a mim e, assim, dizia a minha intuição, em breve o Brasil poderia disputar um lugar ao sol entre os países do primeiro mundo. Não digo chegar lá, pois sempre cri que a distância era muito grande para ser vencida em tão pouco tempo. Em algumas áreas, o Brasil se tornou, de fato, referência. O que me faz acreditar, lamentavelmente, que falhei fragorosamente nas minhas intenções, pois, das áreas em que ele é referência, não está a minha. Mas isso é uma questão muito particular, da qual pouparei os amigos... Voltemos à questão básica.

O Brasil se degradou com o tempo. Pode ser que, antes, ele já vinha se degradando, mas eu não havia me apercebido dessa tendência. Depois de vivenciar outra cultura e outra realidade, ao voltar para cá descobri tal tendência e tudo o que vejo é que o abismo aumenta a cada dia, inexoravelmente. Mas, o que é incrível nisso tudo foi identificar uma aceleração do processo nos últimos quatro anos. Saímos da situação de um país econômica e culturalmente atrasado para um outro onde, além do atraso original, aprofundaram-se a degradação da moral, da ética, da vergonha nacional e da justiça social. Quais razões nos levam a essa degradação? Precisamos identificá-las para saber se elas satisfazem os códigos e padrões de conduta aos quais deveríamos nos ater.

No Brasil de hoje, existe apenas uma tênue diferença entre os conceitos do que é a mentira e do que seja a verdade. Para o brasileiro que testemunhou, por meses a fio, mensalões e quebras de sigilo bancário, assistindo a depoimentos dados pelos envolvidos, quase sempre deprimentes unicamente para o espectador, mentira e verdade parecem ser conceitos quase que sinônimos. Já há algum tempo que o uso da palavra honestidade, anteriormente obrigatória ao se descrever o caráter de uma pessoa, é feito como um adjetivo, nem sempre comprovável. Os interesses particulares imediatos se sobressaem em relação aos interesses públicos, de mais longo prazo. Pensa-se no agora e deixa-se de lado o futuro. E, ao deixar o futuro, deixa-se, também, nas mãos daqueles que, em alguns anos, assumirão o País a tarefa de recomeçar. Este é um grande mal do brasileiro: ele está sempre recomeçando, pois as gerações passadas não foram capazes de resolver os problemas dela e os empurraram para que a próxima geração os resolvesse. Como a maioria desses problemas é cumulativo, damo-nos sempre de frente com aqueles que já deveriam ter sido equacionados e resolvidos por nossos antepassados. A culpa não é de alguém em particular, mas da nossa cultura, ou da ausência dela. É por isso que considero o Brasil o País do que já foi. Montou-se, no passado, um sistema educacional para a população. Por motivos naturais, a população cresceu e nada foi feito para que o sistema educacional acompanhasse este crescimento. Como o problema não foi resolvido, ele está aí para que nós proponhamos uma solução. Ou ele se acumulará para a próxima geração. Assim acontece com cada uma das outras áreas em que claudicamos na solução onde não deveríamos.

É evidente que ainda existe gente que se guia pelos padrões antigos, civilizados. São poucos, esses. Credibilidade, honradez, coerência de conduta, pontualidade, gentileza, respeito ao próximo e a seus bens, ou ao bem público são termos desconhecidos da nossa população, mesmo entre os mais educados. Ensine o seu filho a ser honrado, pontual, gentil e respeitador e voce estará criando um ET para os nossos padrões atuais. Darwin explica que um ser com essas características em seu caráter não sobrevive na nossa Sociedade, pois, nela, ele é um gen recessivo. Entretanto, seria a saída ensiná-lo a ser desonesto, sem honradez, incoerente na sua conduta? Não acredito. Talvez ele sobrevivesse no Brasil, mas não poderia conviver com outros povos civilizados, um dia que fosse, longe das nossas "fronteiras" culturais.

E chegamos aqui, para a posse de um presidente, pela sua segunda vez. Ele é alguém que encarna com exatidão o perfil do brasileiro comum: não gosta de ler; não fala direito; não entende o mundo que o cerca além das metáforas e o organiza em estruturas sindicais; é leigo em tudo, exceto em esperteza; impontual; a honra lhe foge e até aquela inerente ao cargo ele perdeu; incoerente; desrespeitador; interesseiro; egoísta e centralizador; farrista; preguiçoso; aproveitador. Esse é o brasileiro. Ao mirar-se no espelho, no último dia 29 de Outubro, ele se viu e escolheu quem o havia de representar no mais alto posto da Nação. Quarenta milhões discordaram dessa representação e votaram em outro candidato, mas, mesmo entre esses quarenta milhões, existem aqueles que se enquadram em parte da descrição dada acima. Uma ínfima minoria de menos de 10% desses quarenta milhões não pode ser descrita assim. Eles não são brasileiros.

Para ser brasileiro, além de satisfazer os requisitos acima descritos, é preciso acreditar que o País caminha bem, a Economia vai bem, os apagões foram ocasionados pelos outros brasileiros que não acreditam na propaganda da Administração. Precisa, ainda, aceitar as afirmações de que o mensalão não existiu, que as cartilhas foram entregues, que os fundos de pensão são instituições de pouca sorte, que a publicidade oficial jamais mente. Caminhamos para mais quatro anos da mesma conduta, pelos mesmos homens, com os mesmos propósitos. Caminhamos para o desfecho, em quatro anos, da nossa iniciação ao caos, da nossa condenação ao subdesenvolvimento eterno, da nossa declaração de inanição perpétua. Tudo começará em 01/Jan/2007.

PThe PTime PTunnel...

(Rendezvous with yesterday, The Time Tunnel TV Series, from The Irwin Allen News Network, Inc.)





A Terra viaja na direção de uma quarta dimensão, o tempo, que varia, aparentemente, apenas no sentido positivo. Os incrementos de tempo são tais que, até poucos anos atrás, só nos era possível caminhar nesse sentido. Por sermos um só corpo no Universo, todos viajamos juntos. Ou deveríamos. Recentemente, os líderes e a maioria da população de uma razoável porção da América Latina, incluindo o Brasil, descobriram a fórmula para reverter o tempo. Os resultados têm sido magníficos e promissores. Alguns desses líderes, mais radicais, já conseguiram não somente retroceder no tempo, mas fazê-lo com uma velocidade invejável. O resto do Mundo, atordoado, segue no sentido positivo do tempo, sem entender, ainda, o que aconteceu conosco. Logo nos destacaremos da Terra e os veremos partir para o futuro deles, enquanto galhardamente marcharemos para o nosso passado glorioso. Afinal, o passado, segundo alguns, é a única coisa certa, pois o futuro ninguém sabe com o será.

Visando a contribuir para o esclarecimento deste fenômeno cronológico ímpar na História do Universo ("nunca antes, neste Universo..."), relato, aqui, como testemunha ocular e financeira dos fatos, algumas das conquistas desses bravos, os quais, em breve, substituirão os livros de Fïsica Moderna e de Física Quântica pelos ensinamentos doutrinários d'O Partido que serão distribuídos em Cartilhas pelos governos da região.

Sinais de que estamos, de fato, retrocedendo no tempo com o uso do MST (Modelo Sub-incremental do Tempo)
Alguns sinais de que estamos retrocedendo (avançando no sentido negativo) no tempo são realmente claros. Outros, porém, ainda não são perceptíveis a olho nú. Abaixo, uma lista das atuais e das futuras (passadas - lembrem-se que, caminhando no sentido negativo do tempo, futuro se traduz por passado) conquistas. São sinais de progresso reverso:


1. Simon Bolivar é o novo libertador das Américas;
2. Fidel Castro é antigo libertador das Américas;
3. Os índios bolivianos ainda estão negociando o Estado do Acre com o Brasil;
4. A derrama (20% de todo o outro extraído) é o futuro no Brasil;
5. O Brasil é dominado por Capitanias Hereditárias Petistas;
6. Pachamama é o novo deus entre os habitantes da região;
7. Avistaram Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral no mes passado;
8. A Pangea é quase uma realidade, visto que Venezuela, Bolívia, Argentina e Brasil formam um único bloco coeso. Os países que antes formavam a Cordilheira dos Andes (principlamente Chile, Peru, Colômbia) e outros menos cotados (Paraguai e Uruguai) estão se afastando do grande bloco latino-americano e seguem os demais países e continentes, embora alguns em ritmo menos acelerado...


Sinais de que existem evoluções no MST
Em uma evolução até o momento inédita e paradigmática, os líderes que fazem o modelo recuar (lembrem-se outra vez - estamos de fato avançando, mas o referencial é negativo e, portanto, recuar significa avançar e vice-versa) no tempo conseguiram trazer in vitro para o presente alguns PT-rodáctilos, uns broncossauros, diversos exemplares de Tirannoussaurus Rex e outros répteis jurássicos e terciários, os quais convivem com os habitantes em iguais condições de vida. Apenas é que procriam-se mais ligeiro que os últimos. Os animais que chamavamos de pré-históricos são, agora, fruto de uma evolução programada, acelerada negativamente, provocando a marcha-à-ré da região. Na falta de presas maiores, esses animais evolutivos tendem a devorar os demais habitantes: criancinhas e seus pais, não necessariamente nessa ordem, para eliminá-los. Já existem notícias que nos dão conta de animais evolutivos mordendo, primeiro, os calcanhares de inocentes, incautos, virgens e donzelas para, em seguida, tentar devorá-los por inteiro. A técnica visa a prevenir riscos de azia, ou má digestão nos bichanos...


Para onde iremos?
O modelo escolhido está tecnologicamente dominado. Sua curva de obsolescência começa a dar sinais de subida, indicando um largo uso pelo público em geral. No entanto, ele precisará sempre de uns ajustes momentâneos, pois o povo ainda não se acostumou completamente a aceitar o que é bom para ele. Alguns querem continuar indo para o sentido original, outros querem descer na próxima parada. Mas não existe parada programada! Continuaremos indo sempre para trás....

Wednesday, December 27, 2006

nessun dorma!...


Começam as atividades de fim-de-ano! E começam com uma ópera. Aliás, uma ária de uma ópera. Óperas não são o meu ponto forte. O que não quer dizer que eu não as aprecie, ou partes delas. Turandot, de Giacomo Puccini (o primeiro cidadão de bigodes e sem óculos que voces vêem aí ao lado), tem uma ária que é puro encantamento. Ela é transcrita abaixo. A tutti gli amici, le parole da Puccini



Il principe ignoto
Nessun dorma!... Tu pure, o Principessa,
Nella tua fredda stanza,
Guardi le stelle
Che tremano d'amore e di speranza.

Ma il mio mistero è chiuso in me,
Il nome mio nessun saprà!
Solo quando la luce splenderà,
Sulla tua bocca lo dirò fremente!...

Ed il mio bacio scioglierà il silenzio
Che ti fa mia!...

Voci di donne
Il nome suo nessun saprà...
E noi dovremo, ahimè, morir!...

Il principe ignoto
Dilegua, o notte!... Tramontate, stelle!...
All'alba vincerò!...

Tuesday, December 26, 2006

o apagão das estradas

Nem bem passou o Natal, começam a chegar os números das estradas:

- 1.743 acidentes;
- 1.208 feridos;
- 90+ mortos;
- 20 mil multas.

E nem chegamos ao réveillon!!! O JN mostrou ultrapassagens em locais proibidos, pela pista de rolamento contrária ou pelo acostamento, excesso de velocidade, embriaguez, má conservação das pistas, má conservação dos veículos. A Polícia Rodoviária Federal e as estaduais não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Aliás, têm tanto trabalho acudindo os acidentados e desviando o trânsito nos locais em que o perigo é iminente que não podem sequer fazer o trabalho preventivo. Anos de desconfiança acumulada, décadas de despreparo técnico e jeitinhos de caráter financeiro para livrar a barra dos infratores nos trouxeram a este apagão das estradas. O apagão das estradas causado pelo apagão aéreo. Mais um...

Certamente, teremos alguns recordes quebrados... Quanto custará isto à Nação? Quantos morrerão inutilmente depois que o País despendeu rios de dinheiro na sua Educação? (talvez, a falta de investimentos públicos no setor seja uma forma de economia: já que o cidadão poderá morrer na estrada ou num assalto, para quê gastar dinheiro com ele?) Quanto eles produziriam e, mortos ou aleijados, não poderão produzir? No segundo caso, poderão, até, causar mais despesas, quando, talvez, se tiverem alguma sorte, conseguirão uma aposentadoria por invalidez...

O pior é pensar que 2007 poderá ser pior!!!...

há quem discorde, AB!!!

AB (http://alkimistasdobrasil.blogspot.com/) postou uma mensagem bastante atual. O que preocupa é que, infelizmente, há aqueles que discordam dela. Leiam:


Il medico spagnolo: Castro non ha il cancro
Il dottor Sabrido sulle condizioni di salute
MADRID (Spagna) - Josè Luis Garcia Sabrido, il medico spagnolo che ha esaminato Fidel Castro a Cuba, ha detto che il leader cubano «non ha un cancro» e «non ha nessuna patologia maligna terminale». Sempre secondo il medico, il capo rivoluzionario non necessiterebbe di alcun intervento chirurgico.
Sabrido ha aggiunto che quello di cui soffre Castro sono «complicazioni mediche dovute al gravissimo intervento chirurgico subito nei mesi scorsi». In risposta alle domande dei giornalisti il chirurgo spagnolo ha detto: «Tenuto conto dei suoi 80 anni, entro questi limiti Castro può recuperare completamente la salute». Sabrido ha rilevato ancora che «l'attività intellettuale di Castro è eccellente e tutti i giorni ripete che vuole tornare al lavoro». Fidel Castro, operato il 27 luglio a seguito di un’emorragia intestinale, è apparso l’ultima volta in un filmato il 28 ottobre, visibilmente indebolito e impegnato in alcuni esercizi di ginnastica.

(Corriere de la Sera, Mar, 26/Dic/2006)


Vamos aguardar os acontecimentos...

Sunday, December 24, 2006

é natal!....

É Natal e o tempo passa tão rápido!...
É Natal nas entrelinhas, nas páginas brancas e frias da tela do computador...
É Natal na rua, nas esquinas, nos vizinhos.... É Natal!...

No som que vem do carro que passa correndo nos paralelepípedos mal assentados,
Na brisa que sopra pela janela da cozinha...
É Natal!....

É o tempo de desejarmos paz para os que amamos,
De revelar nossos segredos aos velhos amigos,
E saudar os novos amigos que serão, em breve, tão amigos quanto os outros...

É tempo de uma despedida e da saudade que ela trará quando partir...
É Natal!... E o tempo passa tão rápido...
Inda ontem nasceu a paz... E se foi, tão fugaz!...

É Natal do tempo que foge, das flores que nascem, da lida...
É o contar os dias que nos levarão a outros Natais,
A outros amigos, a outros caminhos, a tantos outros caminhos,

Como foram os caminhos que aqui nos trouxeram...
Ah! Como foram bons os caminhos que aqui nos trouxeram!...
É Natal!... Vamos compartilhar nossa felicidade

Com os que nos amam e nos presenteiam com o seu amor...
É Natal!...Amigos telefonam, escrevem os seus desejos, deixam marcas em nosso destino...
É Natal!... Nunca é tarde para o Natal!...

Nunca será tarde para o Natal!...
Nunca será tarde para lembrarmos de quem não nos esquece....
E, se o frio, a tempestade, o surdo clamor da vida nos negar o tempo,

Abracemos a noite de Natal,
Para que ela nos conforte e, mesmo que o tempo nos fuja assim rápido,
Nos ensine a esperar pelo próximo Natal...


A todos os amigos, um bom Natal!....

Saturday, December 23, 2006

com fitas e flores...

Compras de Natal

Cecíclia Meirelles

A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais estiveram no céu.
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam representar beleza e excelência.
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos, num abrigo de animais, em Belém.
Todos vamos comprar presentes para os amigos e parentes, grandes e pequenos, e gastaremos, nessa dedicação sublime, até o último centavo, o que hoje em dia quer dizer a última nota de cem cruzeiros, pois, na loucura do regozijo unânime, nem um prendedor de roupa na corda pode custar menos do que isso.
Grandes e pequenos, parentes e amigos são todos de gosto bizarro e extremamente suscetíveis. Também eles conhecem todas as lojas e seus preços — e, nestes dias, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria
uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que — especialmente neste verão — teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva a bem dizer para coisa alguma.
Por isso é que os lojistas, num louvável esforço de imaginação, organizam suas sugestões para os compradores, valendo-se de recursos que são a própria imagem da ilusão. Numa grande caixa de plástico transparente (que não serve para nada), repleta de fitas de papel celofane (que para nada servem), coloca-se um sabonete em forma de flor (que nem se possa guardar como flor nem usar como sabonete), e cobra-se pelo adorável conjunto o preço de uma cesta de rosas. Todos ficamos extremamente felizes!
São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes, atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e alegrias. Durável — apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este mundo.

06...6......2......20..........200............2007!!!

A todos os passantes, um Natal alegre e cheio de felicidades!... e que possamos enfrentar 2007 com a mesma verve que nos trouxe até aqui.....

Friday, December 22, 2006

mar de lama....


Foto da limpeza que estão fazendo no espelho d'água do Palácio do Planalto em preparação para as festividades de posse do Presidente da Silva (Diário do Comércio - 22/Dez/2006). Vejam o que se acumulou nos últimos quatro anos!!!...

Thursday, December 21, 2006

o mundo a seus pés...

ou porque os aviões de carreira não voam como antes...

achei que um pouco de déjà vue explicaria um pouco os atrasos e desculpas que ouvimos nas últimas semanas a respeito do apagão aéreo. vai aqui a

Íntegra do discurso do presidente Lula na cerimônia de abertura do Salão do Turismo – Roteiros do Brasil
Pronunciamento realizado em São Paulo, em 1º de junho de 2005

-"Meu querido companheiro Walfrido, ministro do Turismo,
-Meus queridos companheiros governadores Marcelo Miranda, de Tocantins, e Ronaldo Lessa, de Alagoas,
-Nosso querido Antonio Waldez Góez, governador do Amapá,
-Nossa querida Wilma, companheira governadora do Rio Grande do Norte,
-Embaixador dos Estados Unidos,
-Meus companheiros do Sebrae, da Caixa Econômica e da Infraero,
-Meus caros deputados, Deputada Edna Macedo, Deputado Alex Canziani,Deputado Marcus Vicente,
-Meu querido companheiro João Carlos Coser, prefeito de Vitória,
-Meu caro Marcelo Sáfadi, presidente do Fórum Nacional de Secretários de Turismo,
-Meu caro Milton Zuanazzi, secretário nacional de Políticas do Turismo,
-Meus companheiros, companheiras,
-Meu caro Gutierrez,
-Minhas amigas e amigos empresários,
-Meu querido Cláudio Lembo,
-Meus queridos amigos da imprensa,

Eu não sei se vocês perceberam que o otimismo do Walfrido chega a ser além da conta, porque imaginem vocês que ser ministro do Turismo deve ser uma boa coisa, porque ninguém faz turismo em lugar que não seja bom. O turismo, o cidadão vai – normalmente deveria ser assim, mas depois que inventaram o celular dificultou um pouco –, mas o turista, quando resolve fazer uma viagem, ele deve se despojar de todos os problemas que teve até então e quase que sair como se estivesse nascendo de novo, passar 30 dias sem brigar com a mulher, sem brigar com os filhos, sem se importar com o atraso das contas, sem se importar com nada, porque, se ele sair com dois celulares e estiver andando na praia falando ao telefone, seria melhor ficar no escritório e não fazer turismo.

E o Walfrido é isso, ele é mineirinho, conhecia apenas o Vale do Aço e o Vale do Jequitinhonha. Depois que virou ministro do Turismo, o mundo está a seus pés.

Vocês sabem que é muito prazeroso para o presidente da República ter na sua equipe pessoas como o Walfrido e como a equipe que ele montou. Certamente a equipe do Walfrido, sem desmerecer quem quer que seja que já passou por essa área, eu não sei se em algum momento da história do Brasil, nós tivemos uma equipe tão afinada, tão otimista, tão criativa e tão disposta a transformar o turismo, definitivamente, numa grande indústria de produção de riqueza deste país.

Eu não acredito que em outro momento histórico o Brasil teve isso, porque vocês, os mais novos sabem, e os mais velhos não esqueceram ainda que o Turismo já foi do Ministério da Agricultura no Brasil. Vejam a concepção de turismo que se tinha no Brasil. Era ligado ao Ministério da Agricultura, depois foi ligado ao Esporte, foi ligado a não mais quantas pastas. E nós resolvemos criar um ministério só para cuidar do Turismo, para tentar pegar toda a inteligência nacional que pensa o turismo e começar a produzir as coisas que, normalmente, levam algum tempo, para dar o resultado que nós precisamos. E eu estou convencido, meu querido Walfrido, de que nós vamos chegar lá.

Eu tive esta semana, e o Walfrido estava comigo, Marisa estava comigo, eu tive a alegria e o orgulho de ir ao Japão ver uma promoção do Brasil no Japão: um metrô com as fotos de lugares muito bonitos do Brasil, três vagões num metrô que transporta 5 milhões de pessoas por dia. E eu fiquei imaginando o quanto nós podemos convencer o povo japonês a vir para o Brasil. E não tem outro jeito, a primeira condição para que alguém faça turismo num lugar é conhecer o lugar. Ninguém vai para o desconhecido. Quando vai, precisa treinar na Nasa, precisa fazer um monte de coisa, porque quantos anos ficaram testando para ir à lua? Isso é ir ao desconhecido.

Mas, no turismo, as pessoas querem saber, tem um setor em que o serviço funciona? Os garçons lá atendem a gente bem ou demoram três horas para trazer uma cerveja? A comida vem quente ou vem fria? Tem segurança ou não tem? As pessoas querem saber, se tiver, elas vão. E o importante é que nós temos o que mostrar. Eu diria que tem países mais ricos do que nós, tem país territorialmente maior do que o nosso, tem país que tem mais tecnologia do que nós, mas eu duvido que tenha país com a diversidade cultural, as coisas da natureza, a quantidade de sol que tem o Brasil. Duvido.

Então, nós precisamos tirar proveito disso, recebemos isso de graça de Deus, muitas vezes a incompetência do ser humano fez com que estragássemos algumas coisas, mas agora a humanidade está tomando juízo, está cuidando do seu meio ambiente, e nós poderemos dar muito mais densidade às coisas que nós temos em cada Estado. E aí, nós temos que ter o cuidado, viu Walfrido?... Eu estou com o discurso para falar bem de você, mas eu vou falar bem de improviso, aqui, de você. Nós precisamos tomar cuidado porque é verdade que muitas vezes, no Brasil, as pessoas adquiriram o hábito de falar mal das suas próprias coisas.

No Brasil nós temos a mania da autocrítica muito forte. Nós somos muito exigentes conosco e muitas vezes você viaja para fora e vê as pessoas criticando as coisas que não têm e falando muito pouco das coisas que têm. As pessoas não aprenderam a valorizar as coisas que existem, as coisas que são bonitas e as coisas que podem acontecer no Brasil, ou seja, as pessoas muitas vezes trabalham o negativo, e não o positivo.

Não que tenhamos que esquecer as coisas que estão erradas ou que não estão dando certo, mas ninguém vai convencer turista a vir para o Brasil vendendo desgraça. Ninguém vai. Não tem um turista que queira ir ao Iraque agora, tem? Não tem não. Tem medo de ser seqüestrado. Então, ninguém vai para um lugar se a gente não der a exata dimensão da importância do lugar, do cuidado... um dia desses, no Rio de Janeiro, eu vi um turista perguntando para o dono do hotel se ele podia andar na praia. O cidadão da recepção dizendo que não, que não podia andar na praia. Ora, não só deveria dizer que o cidadão deveria andar na praia, como deveria ter gente, ou da polícia estadual, municipal ou do próprio hotel, no mínimo tomando conta num visual alto das pessoas. Se eu vou a Alagoas, se eu vou a Natal, se eu vou onde tem praia da melhor qualidade, e eu chego lá, não se pode andar na praia porque você vai ser assaltado, eu nunca mais volto lá... a gente sabe que até tem assalto, mas vamos pegar a proporção das coisas que acontecem com o turista no Brasil e vamos pegar no mundo. Muitas vezes acontece uma coisa que ninguém gostaria que acontecesse com o turista estrangeiro no Brasil, mas vamos ver também onde estava esse turista, onde ele foi meter a sua mão, porque eu freqüento uns lugares há muitos e muitos anos, nós sabemos que existe determinado grau de violência, mas é plenamente controlado para os turistas seguirem os roteiros pré-estabelecidos dos lugares que têm mais tranqüilidade. E eu acho que é isso que nós temos que vender.

Nessas viagens que nós estamos fazendo, o que nós estamos descobrindo? Muita gente até gostaria de vir ao Brasil, mas não tem como vir ao Brasil, não tem avião, não tem vôo. Muitas vezes as pessoas estão na África, têm que ir à França para virem para cá, e já ficam na França. Já ficam lá, não vêm para cá.

Eu pedi ao companheiro Walfrido que, junto com a Infraero, junto com o DAC, preparasse um novo mapa geográfico dos aviões brasileiros, ou seja, não é possível, o embaixador americano está aqui há pouco tempo, que alguém que more em Manaus, alguém que more no Amapá, alguém que more em Roraima, alguém que more no Acre, alguém que more no Pará, para ir aos Estados Unidos, ter que vir a São Paulo, ou seja, ele anda mais, ele se distancia quatro mil quilômetros voltando para depois subir. Então, nós transformamos uma viagem de quatro horas e meia numa viagem de 12 horas e meia, além da “encheção” que eu não vou dizer, porque presidente não pode falar tudo que pensa, além de ficar três horas no aeroporto, quatro horas, duas horas e meia, cinco horas.

Então, nós precisamos, Walfrido, ter como tarefa quase que urgente... tem que ter um certo Estado do Nordeste ou um certo estado do Norte que seja um ponto de recepção dos vôos regionais que levarão passageiros para lá. Não é possível que alguém que more no Ceará, que more em Pernambuco, que more em Sergipe tenha que vir a São Paulo, ao Rio de Janeiro para ir para a Europa. Se ele está a seis horas e meia, sete horas, por que ele tem que andar quatro horas para trás, três horas para trás? Fica mais cara a passagem, leva-se muito mais tempo. Essas são coisas que eu acho que nós, ao tomarmos as medidas – e não é fácil, o Walfrido sabe da briga, porque neste país, ao longo do tempo, se constituiu monopólio da aviação –, então, tem países que querem mandar aviões para cá.

Eu, ontem, estava contando para um grupo de empresários. Eu fui na Nigéria. A Nigéria tem 140 milhões de habitantes. O Brasil tem um déficit comercial com a Nigéria de 3 bilhões de dólares, porque o Brasil compra muito petróleo da Nigéria, e o Brasil tem um déficit de 3 bilhões de dólares. Ora, meu Deus do céu, nós não podemos, primeiro, não tem um vôo do Brasil para a Nigéria. É só atravessar o Atlântico e já se está na Nigéria, são seis horas de vôo, quatro horas e meia de vôo, cinco horas de vôo para que os nossos empresários possam ir lá vender os nossos produtos para desfazer essa diferença que nós temos de um déficit comercial absurdo. Se nós não tomarmos uma atitude, Walfrido, isso não acontece.

Nós temos países que querem vir para cá, temos a África do Sul, que quer dobrar o número de aviões para cá. E tem toda uma regalia, tem umas regras estabelecidas no tempo do Império, quando nem tinha avião, mas devem ter estabelecido no tempo do Império, que cria dificuldades. E nós precisamos quebrar esses tabus para a gente poder fazer do turismo, realmente, uma indústria muito forte no Brasil. Nós temos tudo para ser um dos países mais extraordinários no turismo, no mundo. Nós temos, primeiro, praias como nenhum outro país tem, temos florestas como nenhum outro país tem, temos rios como nenhum outro país do mundo tem.

Temos uma diversidade que poucos países têm e temos um povo extraordinário que tem sido uma marca registrada em todas as pesquisas feitas no mundo inteiro. Uma das coisas mais admiradas no povo brasileiro é a gentileza, é a criatividade, é a simpatia, é a alegria. Então, nós temos tudo, temos apenas que estruturar.

A Infraero está fazendo a sua parte, eu quero aqui dizer que o nosso querido Carlos Wilson está fazendo uma pequena revolução nos aeroportos brasileiros, ou seja, uma das coisas que eu vou fazer com mais orgulho, Cláudio Lembo, é vir, não sei se em dezembro, inaugurar aquele estacionamento do aeroporto de Congonhas. O presidente nunca precisaria inaugurar um estacionamento, mas eu já passei tanta raiva por causa daquele estacionamento, eu já passei tanta raiva e já xinguei tanta gente, já fui multado tantas vezes que o dia que inaugurar eu vou vir, aqui, inaugurar só para tirar esse peso. Eu, às vezes chegava com o carro ali para parar, o cara queria que descesse do carro andando, era um negócio maluco, eu xinguei tanto, eu fiz tanta queixa para deputado, para prefeito, para governador, e agora, finalmente, vamos inaugurar, transformar isso numa festa, porque eu passei muito ódio.

Então, essa revolução que o Carlos Wilson está fazendo no aeroporto é porque o aeroporto é a cara, é a primeira cara, a primeira impressão quando você volta de um lugar, é o aeroporto. Se você chega num lugar, tem um aeroporto “muquifo”, você fica com a impressão muito... é verdade, você chega num aeroporto, não tem nada, não tem loja... eu pegava um avião daqui, ia ao Peru, ia a Cuba, chegava no aeroporto de Lima, isso há algum tempo, você ficava das duas horas – a Marisa ficou comigo – das duas horas da manhã às sete horas da manhã para pegar um outro vôo. E não tinha sequer café e nem você podia sair.

Então, nós precisamos saber o seguinte: quando o turista tiver uma hora no aeroporto, ele tem que ter acesso a algumas coisas, uma lojinha para ele ver um produto e comprar, um cafezinho para ele poder tomar, um restaurantezinho para ele comer um lanche e tal, porque senão o cara volta mal impressionado. O turista começa a ficar nervoso, aí, ele que saiu de casa prometendo para a mulher: “Meu amor, não vamos brigar mais, minha querida, sabe, beijinhos e beijinhos para cá e vamos lá, vamos que vamos”, quando chega no aeroporto que as coisas não dão certo, ele já começa a jogar a culpa na mulher e aí o passeio dele vai ser triste, vai ser nervoso, a mulher vai pegar o telefone ligar para os filhos e contar a estória chorando, aí o marido já tem que ficar prestando conta... é uma desgraça.

Então, nós queremos contribuir para deixar... nós agora vamos fazer mais umas coisinhas no aeroporto de São Paulo, nós vamos estar fazendo no Santos Dumont, o de Alagoas vamos inaugurar agora, no dia 29 de junho ou de julho, vamos inaugurar o aeroporto de Alagoas; começamos o de Vitória, estamos começando o de Macapá, estamos começando o de Goiânia, Brasília vai ter a segunda pista, porque a Capital tem um aeroporto acanhado como aquele, ou seja,vamos ter que fazer uma coisa maior, os do Nordeste estão todos ficando muito bonitos, coisa para causar inveja para qualquer aeroporto de qualquer capital européia.

É assim, nós nascemos para gostar de coisas bonitas, nós nascemos para gostar de coisas boas, e eu acho que nós ainda temos muito por fazer porque o Brasil, apesar de ter 500 anos, é um país novo, e o turismo é uma modalidade nova. O turismo, antigamente, era quase um sacrifício de meia dúzia de pessoas ou de algumas centenas de empresários, porque não tinha política de Estado para o turismo. Eu me lembro de algum momento na história do Brasil em que eu fui muito amigo de um assessor de uma área de turismo, onde a única coisa que acontecia é que ele ia passar todo o final de semana em Búzios, então, o cara fazia do turismo uma coisa para ele, pessoal, não tinha política de Estado. O que o Estado pensa para o turismo? Quais são as mudanças que nós vamos fazer? Eu acho que essa revolução, Walfrido, que vocês estão fazendo, e o Sebrae tem dinheiro, pode pedir um pouco mais que sempre sai, é só saber pedir. Porque o Sebrae tem preocupação de ajudar a geração de emprego. Ninguém, Paulo, gera mais emprego do que o turismo.

Então, eu vi uma coisa extraordinária. Eu estava com o Walfrido, domingo, no Japão, não, sábado, em Nagóia, de repente, entre dois japoneses e uma japonesa que não falavam uma palavra em português, com chapéu de couro, imitando Maria Bonita e Lampião, com uma sanfona. E não é que eles tinham decorado a letra do Luiz Gonzaga, Asa Branca? E cantaram Asa Branca. Depois, teve outro grupo que cantou em japonês, dançou capoeira e homenageou a gente cantando Luar do Sertão. Imaginem, um grupo de japoneses que não sabia falar nem bom-dia em português, cantou Luar do Sertão. Essas coisas fizeram com que eu fizesse muita provocação ao turista japonês que vai para o Japão. Eu dizia: olha, eu vejo nas fotos, vejo na televisão, milhares de turistas japoneses visitando as quedas de Niagara. Vocês vão a Niagara, depois vocês vão à Foz do Iguaçu. Aí vocês vão perceber que Niagara é um chuveirinho perto de Foz do Iguaçu. Conheçam os dois para vocês fazerem a sua opção, passem lá, mas dêem um pulinho até o Brasil e vão conhecer a Foz do Iguaçu.”

Eu fico imaginando, meus queridos, e os empresários podem, por exemplo, Walfrido, esse esforço que vocês estão fazendo para essa feira, aqui. Eu só descobri o Brasil nas Caravanas da Cidadania, quando eu peguei ônibus, trem, e botei o pé na estrada para andar 91 mil quilômetros neste país, porque até então a gente não conhecia o Brasil. E eu digo para vocês que 90% do povo brasileiro não conhecem o Brasil. Isso que vocês estão fazendo aqui é um gol de placa. Agora, nós precisamos mais, Walfrido. Eu acho que nós precisaríamos conversar com os nossos homens de comunicação, na televisão. Tem tantos programas com apresentadores bons. Poderia dedicar dois minutos do seu programa para falar do turismo, para mostrar os lugares bonitos que nós temos. E eu acho que eles farão isso. A gente não pode dizer: “Ah, não tem dinheiro para fazer propaganda”. Porque também a gente só fala: “Não tem dinheiro, não tem dinheiro”. Nós temos que conversar com as pessoas. Você tem que fazer um programa da terceira idade ou da segunda e meia, e você tem que ligar para uma Hebe Camargo e falar: “Hebe, eu quero que você me dê aí meia hora, que eu quero falar para o seu público sobre turismo”. Você pode falar com o Faustão: “Faustão, me dá aí uns cinco minutos para falar de turismo no Brasil, mostrar as coisas bonitas que temos”. Eu tenho certeza de que todos eles farão com prazer.

Eu estou dando uma dica aqui para o teu secretário de Comunicação andar um pouco, porque senão a gente pensa que não faz porque não tem dinheiro. Eu acho que essas coisas acontecerão com a maior boa vontade dos meios de comunicação, se eles forem convencidos de que a idéia é boa. Eles têm que ser convencidos de que a idéia é boa. E assim é que a gente vai divulgar.
Quem conhece Vitória? Vitória passou, o Espírito Santo passou vários anos aparecendo no noticiário nacional por causa da violência. Vejam, quando é que a gente vai, e aí os governadores dos Estados têm responsabilidade, os prefeitos têm responsabilidade, que é tentar divulgar nacionalmente as coisas boas que têm.

O povo de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, tem que saber que existe coisa bonita no Espírito Santo se não mostrar, e aí vale para Alagoas, vale para Amapá, vale para Tocantins. Os governadores têm que ter políticas de divulgação do seu Estado nos outros Estados. Tem que ter divulgação. Eu estou dizendo isso porque eu tenho feito esse apelo em todos os encontros. Não pode o governo federal ir para a televisão falar bem de Pernambuco, de Alagoas ou do Rio Grande do Norte, não dá. Eu não posso ter essa prioridade, vocês é que têm que fazer.

Os gaúchos, com as suas bombachas, eles têm que saber que tem praias bonitas em todos os locais, melhores do que algumas que tem em outros lugares, eu ia falar mal, mas não vou falar porque senão a imprensa vai dizer... mas eu acho que essas pessoas precisam conhecer o Brasil como o Nordestino precisa conhecer São Paulo, precisa conhecer o Rio de Janeiro, precisa conhecer o Rio Grande do Sul, precisa conhecer as Missões, precisa conhecer uma série de coisas que tem em cada Estado.

Então, companheiros, olhe, os números o Walfrido disse. Eu estou extremamente otimista, aliás, eu vou contar uma coisa para vocês: tem dia, não sei se acontece com vocês, tem dia em que você lê o jornal e você tem vontade de não sair de casa, acabou o mundo. Desde que entrei no governo, todo dia se lê, em algum lugar, alguma manchete de que acabou o mundo, está tudo errado, a economia não vai bem. Agora, começou outra vez. Eu digo para os meus companheiros o seguinte: como eu não sou economista, não sou especialista, eu vou dizer: este ano a gente vai surpreender outra vez. Se o ano passado foi uma bela surpresa, este ano vai ser outra bela surpresa. Aqueles que acordam, porque tem gente que acorda tão azedo de manhã que dá para fazer limonada do seu suor, porque tem gente muito negativa, tem gente que não acredita nas coisas, não há e não tem, escuta o que eu estou dizendo, sem ser economista, é verdade que houve uma retração agora? É verdade. Mas nós estamos crescendo há 8 trimestres consecutivos, coisa que fazia 10 anos que não acontecia no Brasil. Oito trimestres consecutivos. E tivemos que fazer um sacrifício muito grande para controlar a inflação. Porque, de inflação este país tem experiência, e vocês têm experiência. Se a gente deixar ela voltar, alguns não perdem com a inflação, governador não perde, Caixa Econômica Federal não perde, a prefeitura não perde, a receita do Estado não perde, aliás, muitos gostariam de ter inflação porque ganham dinheiro com a inflação, mas o povo que vive de salário não pode ter inflação. Não ter inflação já é a garantia de um aumento de salário para essa gente.

Agora, qual é o dado importante, gente? Vocês sabem que é a primeira vez na história da economia brasileira que a gente tem saldo de conta corrente sem recessão, e com a economia crescendo. Porque o Brasil sempre foi assim: vamos exportar? Vamos. Mata o mercado interno. Aí, vamos fazer o mercado interno? Mata a exportação. Nós conseguimos combinar aquilo que é possível combinar do país crescer sem que o mercado interno tenha uma retração. Ontem, por exemplo, eu vi uma manchete: “Consumo da família cai 0,6%”. Aí, outra manchete no mesmo jornal: “Pesquisa da Federação do Comércio mostra que o varejo cresceu 5,6%”. Ora, se no varejo cresceu, o que estou consumindo no varejo? Quem compra?

Então, eu estou dizendo isso para vocês porque isso tem muito a ver com o otimismo do Walfrido aqui. Ou nós acreditamos que somos capazes de fazer este país não retroceder, e eu tenho dito todo dia: não esperem de mim nenhuma medida populista porque vai ter eleição daqui a um ano e meio. Eu não estou querendo construir uma base sólida de crescimento deste país para um ano. Este país vai ter que ter juízo e vai ter que ter um ciclo de crescimento sustentável por dez ou quinze anos se a gente quiser se transformar, um dia, num país definitivamente desenvolvido, e não eternamente num país em desenvolvimento. E aí não existe brincadeira em economia. Não existe.

Quero dizer para vocês outra vez: nós vamos fazer tudo que tivermos que fazer, independentemente do calendário eleitoral. Este país não vai retroceder. Nós já tivemos experiências demais neste país, tem gente que entra e brinca com este país, porque faz experiência, chega perto da eleição muda a regra do jogo, ganha a eleição, “desmuda” a regra do jogo. Nós não vamos fazer isso. Vocês estão lembrados que nós aumentamos os juros faltando 15 dias para as eleições das prefeituras? E aumentamos porque era preciso aumentar. E nós vamos tentar mostrar o seguinte: o país vai continuar com a política fiscal séria, porque, se a gente gastar mais do que arrecada, o resultado nós sabemos o que é. Isso vale para a casa da gente, isso vale para o governo, vale para a prefeitura, viu João Coser?, você que entrou agora, novinho, vá preparando as contas da prefeitura, porque se gastar mais do que tem, um dia alguém vai ter que pagar essa conta.

Então, companheiros e companheiras, meus amigos do turismo, eu quero dizer para vocês que vocês podem, se quiserem, junto com o Walfrido e junto com a sua equipe, transformar definitivamente o Brasil num pólo de atração turística para o mundo inteiro. Agora, se a gente quiser fazer isso, nós temos que ter determinação, não pensem que as pessoas virão para cá pelos belos olhos do ministro ou pelos belos olhos do presidente. Não virão. Eles virão para cá na hora em que nós formos convincentes.

Eu vi, Walfrido, no Japão, tem um programa da Globo. Tentar ponderar com eles, fazer um pouquinho de turismo do Brasil, vamos mostrar as coisas lá, produz essas fotos que estão aqui e manda fazer um Globo Repórter sobre os lugares bonitos do Brasil. Os lugares feios saem no jornal todo dia, mas os lugares bonitos nós temos que mostrar. Então, eu acho que o desafio não é teu, não vou jogar nas tuas costas toda a responsabilidade, e eu acho que é de todo mundo que trabalha com turismo. E eu quero, Walfrido, que você continue com esse otimismo que você tem. No dia em que você levantar azedo, não saia de casa, fique dentro de casa, porque, se você for passar energia negativa para os outros, não saia, é melhor não sair.

Já não aconteceu com vocês, governadores, sair de casa, às vezes, chegar na secretária, que paga o pato. Às vezes, as pessoas que não têm nada a ver com o azedume de vocês...

Então, eu acho que este país está precisando, definitivamente, de que as pessoas acreditem mais naquilo que estão fazendo. E eu quero parabenizar você e a sua equipe, porque vocês, definitivamente, com esta exposição aqui estão dando a demonstração de que acreditam, não só acreditam naquilo que estão fazendo, como estão fazendo outras pessoas acreditarem que o Brasil é, definitivamente, um país de atração turística como nenhum outro.

Meus parabéns, Walfrido, meus parabéns à tua equipe, meus parabéns aos empresários, meus parabéns aos governadores que vieram e, pelo amor de Deus, mais divulgação do Rio Grande do Norte, de Alagoas, do Amapá, do Tocantins na televisão para que o povo brasileiro saiba que existe, senão vai para Miami, vai para a França, senão vai para outro lugar.

Então, gente, a bola está conosco. Não vamos esperar que os adversários façam pelo Brasil, ou que os nossos concorrentes façam pelo Brasil o que nós mesmos temos que fazer.

Muito obrigado, meus parabéns e boa sorte meu querido Walfrido."