Monday, December 11, 2006

la bastille est déjà tombée...


Sistemas possuem uma sensibilidade que depende da função de cada um de seus componentes. Se um componente é importante para a operação do sistema, qualquer malfuncionamento seu implicará em colapso parcial ou total do sistema. Assim, quanto mais importante o componente para o desempenho do sistema, mais graves para o sistema serão as consequências do seu malfuncionamento.

Muitos sistemas continuam funcionando quase que perfeitamente se um, ou mais de seus componentes menos importantes falham. Mas, se a falha de um componente altera significativamente o comportamento do sistema, isso é sinal de que ele é mais importante que os demais. O sistema será tão sensível a falhas quanto o seu componente mais importante, ou mais sensível. Pode-se, então, perceber que algum componente falhou apenas se analisando a forma como o sistema se comporta, seja comparando-o a si mesmo, ou com outro de desempenho semelhante.

Países são como sistemas. Seus componentes são os diversos sub-sistemas que permitem o seu funcionamento. Estradas, Serviços Públicos, Transportes, Educação, Geração de Tecnologia, Cultura, etc. são exemplos desses sub-sistemas. Alguns deles são menos sensíveis a falhas e não causam transtornos no desempenho global do sistema se funcionam mal. Outros, no entanto, são extremamente delicados e, quando falham, deixam perceber que o sistema todo poderá colapsar. Um dos componentes mais sensíveis de um país é a Segurança da sua população, nas ruas, nas cidade, nas rodovias e no ar. O atual apagão aéreo demonstra que o sistema está entrando em colapso. Outros componentes já falharam, mas não se percebeu por não serem tão importantes, ou por serem também imperceptíveis a curto prazo as consequências da sua falha. Se, por exemplo, a Educação falha, o período de latência até se detectar que ela vai mal é de, pelo menos, 20 anos.

Os próximos componentes a falhar no nosso sistema chamado Brasil serão as estradas. Por falta de opção, viaja-se, hoje, por rodovias esburacadas, sem sinalização, mal traçadas, congestionadas, mal iluminadas, mal patrulhadas, mal conservadas, ... O fim do ano trará uma série de acidentes. Nunca se morreu tanto nas estradas quanto vai se morrer nos próximos dias...

1 comment:

Anonymous said...

Excelente colocação de uma triste realidade.

Um país q não investe em infra estrutura, tem morte súbita.

Há algo q ainda não estourou, mas está a ponto de.
São os portos, estão sucateados, ultrapassados e quase obsoletos.
Operam com o jeitinho brasileiro, mas esse não é milagroso e breve ouviremos falar da falência desse sistema.

Estradas no Brasil são uma incógnita. Pagamos cato pelo IPVA e tb pagamos caro o pedágio, ou seja, pagamos duplamente por algo q mal nos serve.

Coisas do Brasil e seu "sistema" !